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TDL – Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem

O TDL, transtorno no desenvolvimento da linguagem, é uma dificuldade com a linguagem, que normalmente se manifesta na primeira infância, sendo, portanto, um transtorno do neurodesenvolvimento. Essa condição perdura ao longo da vida, tendo impactos acadêmicos e sociais, podendo inclusive limitar a capacidade de emprego na vida adulta. Essas crianças podem ter dificuldade para se expressar e/ou para compreender a linguagem e no ensino fundamental tais dificuldades impactam na aprendizagem da leitura e da escrita. Em parte dos alunos a manifestação pode ser mais sutil e aparecerá na forma de um transtorno de aprendizagem quando as demandas acadêmicas excederem seus recursos limitados. Os professores precisam estar muito atentos, pois estão em condição privilegiada para detectar e levantar a suspeita de uma criança ser portadora dessa condição. Na escola a linguagem é a base da aprendizagem, tanto a linguagem da instrução, como a maneira de mostrar o que foi aprendido é realizada linguisticamente, o que é um problema para esses alunos. Embora persistente ao longo da vida, o trabalho conjunto de um fonoaudiólogo, professor e família serão de extrema importância para minimizar tais dificuldades. O TDL já foi conhecido como transtorno específico de linguagem. O termo foi alterado em 2016 por um grupo de pesquisadores, na tentativa de melhor capturar as reais dificuldades que, em muitos casos não são restritas à linguagem, e também uniformizar o nome, a fim de se conseguir que essas crianças tenham a assistência que tanto necessitam. Nem todas as crianças com atraso no desenvolvimento de linguagem são diagnosticadas como TDL. O diagnóstico deve ser realizado por equipe multidisciplinar, na qual haja um fonoaudiólogo especialista em linguagem. A identificação precoce fará toda a diferença na vida desses sujeitos. Além do atraso no desenvolvimento da linguagem, essas crianças podem ter dificuldade com a fonologia, semântica, pragmática e morfossintaxe. Algumas sugestões: 

  • Os pais e professores devem conseguir a atenção das crianças antes de se dirigirem a ela.  
  • O rosto do interlocutor deve estar visível para a criança, evitando falar quando estiver de costas para ela.  
  • Em sala de aula devem estar sentados à frente, se a disposição das carteiras for a tradicional e sempre próximos ao professor.  
  • Outro aspecto importante diz respeito à velocidade de fala. Como processam a linguagem mais lentamente, deve-se falar devagar e com mais pausas para que a criança tenha o tempo necessário para o processamento linguístico.  
  • Deve-se utilizar frases simples com ênfase nas palavras-chaves.  
  • Modele a linguagem. 
  • A informação pode ser repetida sempre que necessário.  
  • Use e abuse da linguagem corporal e expressões faciais. 
  • Por fim, na escola, para contemplar a aprendizagem, os professores devem fazer amplo uso de recursos visuais preferencialmente aos verbais. Tornar o implícito, explícito e planejar um ensino sistemático, ou seja, do simples para o complexo em pequenos degraus. 

 

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