Mania todo mundo tem, mas quando se preocupar com elas? Existem manias corriqueiras, muitas vezes chamadas de costume, hábitos e outros. As crianças durante o seu processo de desenvolvimento podem apresentar várias delas. As mais comuns são: o uso de paninhos, rituais para dormir, chupar os dedos, roer unhas, etc. Elas podem ser aprendidas ou mesmo desenvolvidas para aliviar uma tensão. Aparecem de repente e muitas vezes demoram a ir embora, mas na maioria dos casos são normais. As manias se caracterizam por ações repetitivas, feitas inconscientemente e que envolvem algum tipo de emoção. O que fazer então, quando a mania se instala? Mais que reprimir e criticar a criança, é importante observar o que pode estar por trás dela, caso contrário corre-se o risco de reforçar o comportamento ao invés de excluí-lo. A criança pode estar enfrentando um sentimento que não sabe como lidar direito, como a ansiedade, e adotar ações que tragam alívio e depois acabam virando um hábito. Pode ser também uma forma de chamar atenção, uma vez que a criança percebe que aquilo incomoda os adultos, por isso a relevância de entender suas origens e motivações. Mas quando a mania deixa de ser normal e é preciso procurar ajuda? Deixa de ser normal quando impede a criança de desenvolver suas atividades rotineiras e passa a trazer sofrimento. Deve-se atentar para alguns detalhes como: o tempo que a criança perde com suas manias no dia, a frequência e intensidade. Se perceber que esses sintomas estão ficando exagerados, procure ajuda de um especialista médico ou psicólogo que possa avaliar e orientar a família sobre a melhor maneira de lidar com a situação.
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Valéria Gonçalves
Psicóloga
CRP 06/53822