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O que explica a dificuldade na aprendizagem de uma criança?

Muitas são as causas que podem estar relacionadas ao mau desempenho escolar de uma criança. Entre eles temos o transtorno de déficit de atenção, os transtornos de aprendizagem verbais (dislexia, disgrafia e discalculia), o TANV- transtorno de aprendizagem não-verbal (transtorno do hemisfério direito), os transtornos de linguagem, além dos transtornos do espectro autista, a inteligência e os aspectos emocionais.

No transtorno de déficit de atenção geralmente temos crianças com desempenho um pouco inferior ao esperado, consequência das dificuldades atencionais, de organização e planejamento (funções executivas). Já nos transtornos de aprendizagem verbais o desempenho em testes de leitura, escrita e aritmética está significativamente abaixo do esperado para o nível de inteligência, idade e grau de escolaridade da criança, enquanto no transtorno de aprendizagem não-verbal as áreas visuoperceptivas é que estão prejudicadas, assim como as habilidades sociais, a aritmética, a capacidade de fazer inferências e a coordenação motora.

As crianças com transtorno de linguagem geralmente apresentam alteração no processo de aquisição da linguagem desde estágios precoces do desenvolvimento, com prejuízo na compreensão ou produção mesmo quando inseridas em ambientes nos quais houve estimulação linguística adequada. Tal quadro pode resultar em dificuldade na leitura (além de transtornos emocionais e comportamentais). Nestes casos a inteligência sempre está mantida, ou seja, são crianças sem déficits intelectuais, porém com dificuldades bastante específicas que trazem grande consequência para a autoestima.

Nos transtornos do espectro autista estão, atualmente, TEA grave, moderado e leve (anteriormente a classificação era diferente, com Autismo, Síndrome de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância, Síndrome de Asperger e Autismo Atípico). Nestes casos há diferença de acordo com o grau. No entanto, estão prejudicadas as habilidades de comunicação, habilidades sociais e os comportamentos, com déficits no raciocínio abstrato, formação de conceitos verbais, habilidade de integração e compreensão social, além de deficiência intelectual em boa parte dos casos.

Nos casos de deficiência intelectual (com ou sem autismo ou síndromes genéticas), a inteligência da criança medida de forma individual em testes padronizados encontra-se significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo também em outras áreas como, por exemplo, relacionamentos, autocuidado e vida doméstica.

Independentemente do diagnóstico, todos são feitos de forma multidisciplinar, uma vez que são clínicos. Na maioria das vezes é necessário neuropsicológa, psicóloga clínica, avaliação audiológica, fonoaudiológica e médica, sendo a avaliação extremamente importante para que as metas do processo de reabilitação sejam traçadas, sendo estas específicas, mensuráveis, tangíveis e realistas.

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