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Deficiência intelectual

A deficiência intelectual é um assunto extremamente importante.  Muitas vezes, devido às dificuldades associadas e secundárias ao quadro de déficit intelectual (como dificuldades de aprendizagem e de atenção), crianças com deficiência intelectual leve recebem diagnósticos equivocados de outros transtornos, como o de déficit de atenção e hiperatividade ou dislexia.

No Brasil, a avaliação da inteligência é uma atividade restrita para psicólogos, havendo diversos testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para obtenção de QI e já é possível estimar a inteligência não verbal de uma criança a partir de 2 anos e meio (com resultados confiáveis). Isso mostra que não há motivos para esperar quando existe dúvida, certo?

De acordo com a Associação Americana de Deficiência Mental, o quadro é caracterizado por um “funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, auto cuidados, vida doméstica, habilidades sociais, relacionamento interpessoal, uso de recursos comunitários, autossuficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança”.

A incidência é em torno de 1% da população e alguns fatores de risco pré-natais são má assistência à gestante, doenças infecciosas na mãe (como sífilis, rubéola e toxoplasmose), fatores tóxicos na mãe (alcoolismo, tabagismo e uso de drogas), além de fatores genéticos, como alterações cromossômicas. Já as causas pós-natais são desnutrição, desidratação grave, infecções como sarampo, acidentes como choque elétrico, afogamento, asfixia ou intoxicações exógenas (remédios, inseticidas e produtos químicos).

A boa notícia é que quanto aos efeitos da deficiência, apesar de algumas pessoas possuírem sérias limitações, a maior parte tem a deficiência leve (pode ser leve, moderada, grave ou profunda) e pode chegar, com estímulo adequado, a levar suas vidas integradas na sociedade, exercendo, inclusive, atividade laboral.

Referências:

American Association on Mental Retardation – AAMR

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. – DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

LAROS, J., TELLEGEN, P.; JESUS, G.; KARINO, C. Teste Não-Verbal de Inteligência SON-R, 2016.

 

 

 

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