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Autismo em adultos, como identificar?

Você certamente já ouviu falar no transtorno do espectro do autismo (TEA).

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que acomete cerca de 1% da população, apesar de algumas estimativas apontarem prevalência maior que essa. Os primeiros sinais podem aparecer logo nos primeiros meses e prosseguem durante a vida, uma vez que estes transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

Como critério diagnóstico do TEA, temos algumas características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente. São elas: dificuldade na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, estereotipias, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais, que podem ocorrer em menor ou maior grau e estão relacionadas, com as dificuldades de comunicação e relacionamento social.

Quando o diagnóstico não é realizado na infância ou adolescência, algumas características ajudam a identificar adultos dentro do espectro autista, como por exemplo:

  • Dificuldade para compreender regras sociais subliminares, como expressões faciais não óbvias, que são difíceis de serem percebidas;
  • Dificuldade para se colocar no lugar do outro, por isso geralmente não percebem sinais de tristeza, raiva, tédio e até de alegria, a menos que sejam bastante óbvias;
  • Pouca demonstração de afeto;
  • Desconforto ou estranheza na hora de receber afeto, a pessoa pode se sentir incomodada com a proximidade, toque ou abraços de pessoas que não sejam muito íntimas;
  • Dificuldade para falar sobre seus sentimentos e compreender ou prever os sentimentos dos outros;
  • Não se envolve com interesses alheios e tem problemas para conseguir se colocar no lugar dos outros, seja em momentos de alegria ou de sofrimento;
  • Dificuldade em compreender coisas abstratas como por exemplo: sensações, intuições, ideologias, etc.;
  • Funcionam de maneira bastante prática e objetiva;
  • Utilizam linguagem direta e muito formal e fora de contexto;
  • Sofrem mais com barulhos incômodos e ambientes agitados;
  • Podem ter dificuldade em usar roupas de tecido não tão confortável;
  • Restrições alimentares: por exemplo, não gostar de comida com textura, cheiro ou gosto diferente do que está acostumada;
  • Também são frequentes outras alterações sensoriais, como muita sensibilidade a luz e ao toque e, por fim,
  • Inflexibilidade para modificar alguma coisa que faça parte da rotina.

Os sintomas podem ser variados entre uma pessoa e outra e dependem do grau do transtorno (leve, moderado ou grave). Vale a pena lembrar que muitos indivíduos dentro do espectro autista apresentam inteligência preservada, ou até mesmo alta habilidade em alguma área específica (principalmente nos casos leve).

Para o diagnóstico, procure ajuda especializada de profissionais capacitados sobre o assunto.

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